Arquivo de setembro, 2011

Ela e Eu

Publicado: setembro 25, 2011 em Uncategorized

Ela, do alto do seu poste de concreto,

Nua em sua beleza crua, ser indiscreto.

Decreto a ti meu amor: enjaule-me aos beijos seus

O eterno acabou. Eu vou, mas resta o Adeus.

Ela, em prantos latentes de dor incontrolável,

Afável ser em desatino a beijar o intocável brilho

Do fogo da minha estrela no céu e morro outra vez

Talvez certo de que o tempo consuma minha aridez

Ela, do alto de seu poste de concreto

Nua em sua beleza crua, meu afeto

Pronta para agarrar minha estrela de fogo, decerto.

Corpo ereto ao parapeito intrépido, bem alto.

Sobressalto profundo e um simples adeus ao mundo

Eu, do alto de minha estrela de fogo,

Louco, a velar o balé frio da queda do corpo.

Ela do fundo do poço de pedra, olha a lua,

Nua em sua beleza crua, a juntar-se à dela.

Flutua em queda-livre com um sorriso feito

No peito que pulsa o pronome do sujeito:

Eu, do alto da minha estrela de fogo.

Ela, do fundo do poço de pedra,

Entrega-se a morte para quem sabe

Reencontrar a sorte de amar pela eternidade.

Monotonia

Publicado: setembro 7, 2011 em Uncategorized

Meu pés descalços, enterrando meus passos

Mas o que faço?  Me jogo no espaço

do abismo do céu?

Descendo os degraus do inferno:

que caos, que mistério.

Ah! Como eu quero saber o que há

debaixo dos pés.

Só não me chame pra viver no céu

monotonia não me agrada